sábado, 5 de março de 2011

       A gente acaba se dando conta de que deste sentimento não dá pra fugir. Por mais que a gente não deseje mais viver de tal jeito, a gente não tem escolha. A nossa cabeça pensa, planeja, decide, e aí vem o coração para lhe puxar o tapete. Não adianta.
       É um dos sentimentos mais traiçoeiros do mundo. Por mais que você queira se livrar dele, nunca consegue. É uma força maior, que sempre te dá uma razão a mais pra tentar.
       Você é lindo. Me surpreende a cada dia. Apesar das nossas visões diferentes, nossa compatibilidade é incrível. Eu sou menos sem você, e sei que a recíproca é totalmente verdadeira. Quando eu mais quero fugir disso tudo, vem você e me faz te amar ainda mais. Vem você e me faz redescobrir que, no final, quem importa realmente é aquela pessoa que enxerga o seu coração através dos seus olhos. Não importa o quão longe ela esteja.
       Desculpa se o que eu tenho é um coração cheio de dúvidas. Mas por enquanto isso é tudo o que eu posso dar. Toma, ele é todo e inteiramente seu.

               * Esses textos aí embaixo foram escritos ultimamente. Finalmente decidi postar.
          Li uma vez uma crônica que falava do sentimento de tristeza, que muitas vezes sentimos, mas que somos quase sempre obrigados à sufocá-lo - seja com um grande sorriso nos lábios, com uma música alegre ou com um fingimento suficientemente convincente. A autora dessa crônica, a ótima Martha Medeiros, dizia em seguida que temos todo o direito do mundo de curtir nossos maus momentos, quietos, sem sermos perturbados por pessoas que, muitas vezes sem saber o motivo da nossa tristeza, tentam nos animar de alguma forma.
          Hoje clamo a todos que não se preocupem com a minha dor. É claro que dói, machuca, dá vontade de explodir só pra não sentir mais essa atrevida que entra sem cerimônia no nosso corpo, na nossa alma, e que bagunça tudo o que tínhamos por certo. É claro que dá vontade de sair fugida de mim mesma até que essa tristeza pare de sambar de salto agulha bem no meio do meu peito. Ô se dá. Mas o lance é que dela não dá pra fugir. Ela vai ficar aqui até que eu aprenda a viver apesar dela, e então, nesse belo dia, eu vou voltar, como diz Martha Medeiros, anunciando o fim dessa dor, até que venha a próxima.
          Be patient.
       Era uma delícia acordar todos os dias e levantar correndo da cama pra te acordar. Era uma delícia a sua carinha feliz me olhando e me saudando com um "oi" preguiçoso assim que me via. Enrolar pra ir tomar banho só pra ficar um pouquinho mais juntos, tomar café da manhã na hora do almoço, ter companhia pra fazer tudo e nada, pra ficar em casa, ir ao cinema, sair pra jantar, contar todos os meus segredos sem ter a menor vergonha do que você ia achar...
       Eu não me lembrava do tanto que gostava do meu eu quando o seu eu está por perto pra me completar. Do tanto que gostava dessa cumplicidade, dessa compreensão, desse sentimento único. Te alegra, me alegra. Te dói, me dói.
       Fico chata sem você.