domingo, 12 de agosto de 2012

Pra me namorar, você precisa saber que eu preciso de atenção. Que eu tento ser durona as vezes, mas isso não passa de uma máscara. Pra me namorar, você precisa saber até que ponto pode ir. Precisa saber que desde que ele terminou comigo, a vilã das outras histórias sempre fui eu. Precisa saber que quando eles começavam a invadir a minha zona de conforto, o fim era declarado. Que te deixar me conhecer tão de perto nem sempre é confortável, e que isso é reavaliado a cada falta de atenção sua. Pra me namorar, você precisa saber que o seu lugar na minha vida é muito especial e que eu te quero comigo. E que a cada mensagem não respondida, a insegurança me dói fundo no peito. E a vontade de voltar atrás também. Pra me namorar, você precisa saber que eu não sou de muitas palavras, portanto não perco tempo dizendo coisas que não sinto. Que não ouvir nenhum comentário sabendo que você me ouviu me fará pensar duas vezes antes de dizer qualquer coisa da próxima vez. Pra me namorar, você precisa saber que eu me entrego de corpo e alma quando te sinto por perto. E que se a recíproca não é verdadeira, algo aqui dentro é abalado. Pra me namorar, você também precisa saber que quando você é lindo e atencioso eu deixo a certeza de te querer sempre por perto crescer, e que todas essas dúvidas simplesmente vão embora.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Eu, definitivamente, ainda tenho muito o que aprender. Cuidar de um espírito inquieto e inexperiente sozinha, de repente, não é tarefa fácil. A cegueira que me toma me impede de enxergar o que dizem ser melhor pra mim; este lado da moeda sempre oculto, o que resta é a minha consciência para me consolar. É como se a cada vez que retornasse à minha casa me desse conta de como estou agindo diferente do que sempre planejei. Um susto! Só não é pior do que as conversas inesperadas que tive hoje. Os instintos materno e paterno realmente não falham... Como podem eles, sem mais nem menos, ler na minha testa o que se passa no meu coração? Será que eu sou tão transparente assim ou eles me conhecem demais? De qualquer forma, é bom. Reconhecer a preocupação, o querer bem, de qualquer forma, faz bem. Mas confesso ser desolador ouvir conselhos que já não sigo mais. Ouvir, da boca de uma das pessoas mais importantes da minha vida, a quase condenação de um modo de vida que, de repente, é o meu. Espero, do fundo do coração, fazer parte do grupo das exceções, mãe.
Mais do mesmo. É o que penso quando o coração descuida e a razão tenta recuperar o tempo que, forçadamente, ficou calada. Leio os textos mais de uma vez, eles revelam quem tu eras - ou ainda és? O que há de diferente? No fundo, a tua poesia me assusta. Ao mesmo tempo que me é querido, cada palavra que leio me faz pensar na efemeridade do que há entre nós. Penso se não será como das outras vezes. Palavras ditas e sentidas tão intensamente que, de tanto, pouco duram. Me entrego, de olhos fechados, sempre que te sinto por perto. O que o coração agoniza é a sensação de que todos os planos podem, na verdade, não ser realizados.
Talvez seja esse seu jeito, poeta, artista, músico dos mais queridos. Ou talvez os pré-conceitos construídos sobre a vida que podes levar. Ou pelo seu jeito livre de ser, não sei.
Só sei que, entre toda essa racionalidade, ainda consegues me fazer te querer. Como pode?